Um jogo da minha infância

Um dos meus jogos preferidos, Mickey no Castelo da Ilusão, ou Castle of Illusion no original, era daqueles que eu jogava sem parar, over and over again, até o saudoso Master System pedir pra parar porque estava em vias de derreter.

Assistindo ao vídeo acima, dá até pra sentir o friozinho na barriga quando chega em partes em que eu costumava apanhar, escorregar ou morrer… E as musiquinhas e efeitos sonoros são de arrepiar esta alma infantil!

Pena que a fita não era minha, era da locadora.

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Como estão seus ídolos japoneses de infância 30 anos depois

Este post é para impressionar, assustar ou mesmo chocar as crianças dos anos 1980 que, como eu, cresceram assistindo aos tokusatsus da TV Manchete e afins. Se você for facilmente impressionável, não veja as imagens deste post para não ter sua infância arruinada.

Pois bem. Lembra-se da galera de Changeman, Flashman, Jiraya e Jaspion, aqueles verdadeiros heróis japoneses de 20 e poucos anos em seus indefectíveis uniformes coloridos de luta, que tentavam ter uma vida mais ou menos normal longe das batalhas? Então, amigo trintão, eles também cresceram. Ou melhor, envelheceram.  Aliás, nem “melhor”, porque muitos não envelheceram tão bem…

Veja as fotos de seus heróis japoneses dos anos de 1980 trinta anos depois. Hoje, todos estão na casa dos 50 anos. Respire fundo e acredite no que vê: é tudo verdade!

Antes e depois

Começando por uma imagem mais “tranquila”: na montagem abaixo, à esquerda, está Haruki Hamada, o ator que deu vida ao eterno Tsurugi, o Change Dragon, de Changeman, (meu preferido do Esquadrão Relâmpago), e à direita, Ryosuke Kaizu, o Red Mask, de Maskman.

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Atores jovens e bonitos, ambos líderes de suas tropas superpoderosas.

E agora, na imagem abaixo, os mesmos heróis em foto recente – não sei precisar a data. O que dizer deste efeito do tempo?

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Mas até aí tudo bem, continuam simpáticos, envelhecer é só para quem continua vivo. Mas prepare-se para a próxima revelação.

Na montagem abaixo, vemos o ator Kazuoki Takahashi, que interpretou o galã Hayate, o Change Griphon, de Changeman (o ator também teve participações menores em Flashman, Jiraya e outros seriados). Ao lado dele, o ator Junichi Haruta, o superhipercool MacGaren, o arqui-inimigo do herói Jaspion. Haruta também foi intérprete do Dyna Black, de Dynaman, e do Goggle Black, de Goggle Five.

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Agora preparem-se para a transformação, que vem na imagem abaixo.

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O que aconteceu com o galã dos Changeman?? Será que o Senhor Bazoo o atacou e ele ficou assim, e agora anda pelas ruas de Tóquio de pijamas e Crocs? E o MacGaren, que agora parece um tiozinho de filmes de comédias?

Mas o pior ainda está por vir. Jaspion. Talvez o maior ídolo da garotada dos anos 1980. Ele, que era o único herói japonês com permanente nos cabelos e foi interpretado pelo ator Hikaru Kurosaki…

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… que hoje está assim.

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O Jaspion está tão acabado, coitado, que é capaz do poderoso Satan Goss confundi-lo e querer enfurecê-lo para transformá-lo num monstro incontrolável em sua luta para conquistar o universo.

Essa imagem foi feita a partir de uma entrevista concedida por ele em novembro de 2015. Há muito tempo afastado da TV, o ator é dono de uma escola de mergulho no Japão.

Mas nem tudo é tragédia no mundo do tokusatsu oitentista. Takumi Tsusui, o belo ator que fez (e ainda faz por aí) o Jiraya, envelheceu bem e continua bonitão.

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Se você sair pesquisando Google afora pelos atores de tokusatsu não mencionados aqui terá sua vida impactada por outras imagens assustadoras. As imagens deste post são apenas algumas das mais recentes que me fizeram pensar sobre aquela frase que diz que “o tempo é uma fábrica de monstros”.

Pelo visto, o único que melhorou depois de velho foi o Gyodai, que era assim nos anos 1980 (à direita) e hoje está assim (à esquerda).

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Fonte da montagem: Megacurioso

Will & Grace pela Hillary Clinton

A reunião que ninguém esperava mas com a qual todos sonhavam aconteceu!

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Eric McCormack, Debra Messing, Sean Hayes e Megan Mullally voltaram para um episódio mais-que-especial de um dos seriados mais engraçados, polêmicos e vanguardistas da TV norte-americana, Will & Grace – que eu sempre digo que deveria se chamar Jack & Karen, porque esses dois personagens são sensacionais e roubam a cena facilmente.

Após – inacreditáveis! – 10 anos do fim da série, os atores se juntaram para um episódio especial, de pouco menos de 10 minutos de duração, falando especificamente sobre a votação para presidente dos Estados Unidos deste ano. Obviamente, Will e Grace votarão pela Hillary Clinton, e Karen Walker, sempre vivendo em seu planeta pessoal, é toda pelo Donald Trump – outro que parece viver em um planeta particular, com a diferença de que este é um personagem da vida real e pode causar muito estrago real.

Mas e o querido Jack, como fica nessa?

Assista ao vídeo completo abaixo e perceba que, como os próprios atores afirmaram, parece que a série nunca deixou de ser filmada: é incrível como, mesmo após uma década, todos os quatro voltaram facilmente a vestir seus personagens.

A ideia para este especial partiu do co-criador da série Max Mutchnick, como explica a atriz Megan Mullally: “[ele] teve essa ideia sobre a Karen instalar um muro em sua casa e fazer [a empregada dela] Rosario treinar escalada para que, quando Trump construísse o muro [entre os EUA e o México, porque ele quer evitar a entrada de imigrantes no país], ela pudesse pulá-lo e voltar para o trabalho”. Tem coisa mais Karen Walker que isso?

A hashtag #votehoney utiliza uma palavra que Karen sempre usa ao falar com as pessoas, honey – querida, em inglês -, para incentivar as pessoas a votarem, já que não é obrigatório votar nas eleições nos Estados Unidos.

É incrível pensar que Will & Grace foi ao ar em 1998, com dois protagonistas gays, e terminou em 2006. Não tinha me ligado que fazia tanto tempo assim! #voltawillandgrace

A imagem que melhor representa a atualidade

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Crédito: Barbara Kinney / Hillary for America

Em um passado-não-muito-distante, a coisa mais legal do mundo era conseguir ver seu ídolo de perto, conseguir um autógrafo, uma palavra, um abraço. Que sonho!

Com a popularização das câmeras, aquelas ainda com filme, a coisa mais legal do mundo passou a ser conseguir tirar uma foto de seu ídolo, nem que fosse do topo da cabeça dele (olha, é o cabelo dele aqui no cantinho, juro!!), uma foto borrada que fosse (ele passou tão rápido, mas dá pra ver que é ele!!), desde que se conseguisse um registro do amado ídolo. E, quem sabe, melhor ainda!, conseguir uma foto COM ele – desde que alguém tirasse pra você, pois acertar o enquadramento e o foco com uma câmera analógica era meio loteria.

Pouco depois vieram as câmeras digitais portáteis e tudo ficou mais fácil. Sem muitos limites e com menos gastos, fotografar passou a ser banal. Então, todo mundo passou a prestar mais atenção no que se fotografa e se filma do que se importar em participar do momento em si – como é comum ver em shows, com aquele mar de celulares filmando (muito mal) tudo.

Agora, com os celulares e suas selfies, as pessoas fazem tudo isso ao mesmo tempo: chegam perto do ídolo, tiram várias fotos dele e outras com ele – sem se importar em realmente aproveitar o momento, tentar conversar com a pessoa, fazer uma pergunta, um elogio. Tudo tem e deve ser registrado. Mesmo que para isso você fique de costas para o seu ídolo.

UPDATE (28.9) – segundo porta-vozes da campanha de Hillary Clinton, ela mesma “sugeriu que todos poderiam fazer uma selfie grupal e posou para a multidão”. Segundo esta matéria, em um vídeo amador do encontro, pode-se ouvir a candidata dizendo “todos os que querem uma selfie, virem-se de costas agora”.

Ainda assim, vale a reflexão.

AU?

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À esquerda, capa da Revista Au., que provavelmente não existe mais, já que tanto seu perfil quanto seu website estão desatualizados.

À direita, capa de outra “revista au”, a Revista aU, esta sobre arquitetura e urbanismo, ainda sendo publicada.

Au?

Turma da Mônica estreia em novos aplicativos

Apesar de alguns torcerem o nariz para a novidade – eu inclusa -, em 2008, veio a Turma da Mônica Jovem e o sucesso foi estrondoso. Aliás, continua sendo. Em 2009, veio a incrível MSP 50 e deu início às fabulosas Graphics MSP, que levaram a turminha a novo patamar, com centenas de artistas dando suas próprias versões para os personagens do Mauricio de Sousa.

Mais recentemente, em 2013, o pessoal dos Estúdios Mauricio de Sousa inventou a Turma da Mônica Toy, com desenhos cômicos curtos de 30 segundos, sem falas mas cheios de onomatopeias engraçadas, que podem ser vistos no canal oficial ou no novo aplicativo, gratuito, lançado em julho deste ano, tanto para sistema Android como para iOS (basta procurar por Mônica Toy na loja do seu celular).

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Todos os episódios estão disponíveis no YouTube e no aplicativo gratuitamente, porém, a cada um ou dois episódios vistos no celular, você é obrigado a assistir a um comercial de games de 30 segundos por inteiro, até que possa assistir a outro desenho. Mas a plataforma é bem bonitinha, e ainda permite que você baixe posteres muito legais de Mônica Toy para o celular de graça.

E agora surgiu mais uma jogada da Turma da Mônica, anunciada esta semana: as revistinhas estão entrando para o time da Social Comics, uma plataforma de leitura de gibis online que funciona por meio de assinatura. Não conheço a ferramenta, que foi lançada recentemente, em 2015, mas o preço para assinantes é bastante acessível (R$19,90/mês), o conteúdo é bem variado (são diversos títulos de gibis, para todos os gostos e idades) e você ainda pode ler quanto aguentar por mês, sem limite, em qualquer plataforma. Por enquanto, somente a turminha clássica entrará para o Social Comics, com novas edições entrando para o sistema toda semana.

Com tantas novidades, fica óbvio que o pessoal da MSP está antenado em tudo o que surge de novo e interessante pelo mundo. E eu aposto – e ganho! – que ainda tem muito mais novidades vindo por aí.

Fotos raras e os instantâneos de hoje

Tirar fotos hoje em dia se tornou uma coisa tão banal, que quase ninguém mais presta atenção ao conteúdo delas. Você vai a uma festa e tira dezenas, às vezes, centenas de fotos, que acabam se juntando à outras milhões de fotos esquecidas pelos celulares, HDs, dropboxes e Google drives da vida.

Prova disso são os álbuns de fotografia de antigamente, da nossa infância, por exemplo (se você nasceu nos anos de 1980 pra trás): são verdadeiros tesouros, cópias únicas de um tempo analógico, em que se pensava muito para tirar uma fotografia, se esperava a pose certa, se checava se estavam todos juntos para a foto, pois o rolo de filme era caro, com número limitado de “poses”, e ainda se pagava mais um tanto pelas revelações.

São raras as fotos descartáveis de antigamente, ao contrário das fotografias de agora. Basta acessar a pasta onde elas estão salvas para perceber que existem doze muito parecidas, podendo-se deletar onze delas, tiradas numa festa qualquer como tantas outras.

Por isso, quando surgem fotos históricas, daquelas BEM antigas, a gente para e fica imaginando o por quê do momento registrado ser tão importante para ter merecido uma fotografia, como e por que esta foto foi conservada e cuidada por tanto tempo, e mergulhamos na história que ela quer contar. Como nas imagens abaixo:

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Crédito: imgur / reddit

Dois guardas da fronteira dos Estados Unidos tentam evitar que um fugitivo escape para o México, em foto de 1920. Aparentemente, na época, a fronteira norte-americana era bem mais frágil, sem muralhas e grades cheias de arame farpado e sem os atravessadores, conhecidos como coiotes, que cobram milhares pela promessa de fazer uma pessoa conseguir atravessar a fronteira e entrar ilegalmente nos EUA, o que, muitas vezes, acaba em tragédia.

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Crédito: imgur

Não, não é uma produção para um filme de ficção científica nem uma foto de National Kid. São soviéticos, provavelmente soldados, utilizando um então moderno aparelho para detectar aviões, em 1917. Uma foto, imagino eu, bem rara e bastante curiosa.

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Crédito: Margaret Bourke-White

Nova York, 1930. Nesta foto de Margaret Bourke-White, parece que todos os novaiorquinos usam chapéus. Mas onde estariam as mulheres? Que lugar é este, uma fábrica? Dá para imaginar mil e uma histórias a partir desta foto.

E quanto às SUAS fotos históricas? Quais fotos de família são suas preferidas? Quais histórias elas contam? Por que são tão queridas?

Veja outras fotos históricas como estas aqui.